Conteúdo atualizado há 1 ano
Este é um assunto bastante interessante para estudar, porque te ajuda a interpretar e criar mensagens visuais. Em suma, os elementos básicos da Comunicação Visual formam um conjunto de tudo o que vemos. São eles que formam imagens e podem ser utilizados de maneira estratégica, sempre que for necessário.
Você sabe bem que existem muitas imagens que não dizem nada a ninguém, certo? Por isso, sempre gosto de reforçar, caso ainda não tenha lido outros posts sobre Comunicação Visual aqui do blog, que para ser comunicação as imagens precisam, necessariamente, transmitir uma mensagem ou informação. Essa é a definição de Comunicação Visual.
Os aspectos visuais, além de agregarem melhorias estéticas facilmente perceptíveis, podem, quando bem aplicados, contribuir para um melhor entendimento quanto ao conteúdo.
FILHO, Ciro Marcondes. Dicionário da comunicação (p. 532). Paulus Editora. Edição do Kindle.
E as mensagens não precisam ser compostas apenas por imagens. É bem possível, e às vezes até necessário, acrescentar textos que ajudem a interpretar melhor cada mensagem. Sabendo disso, vamos conhecer, em seguida, os elementos que possibilitam a construção dessas mensagens visuais.
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Quais são os 10 elementos básicos da Comunicação Visual
Existem diversos elementos que podem ser utilizados, combinados ou não, para criar imagens que comunicam. Só para exemplificar, artistas, pintores, fotógrafos, designers, arquitetos e muitos outros profissionais, que trabalham com demandas visuais, conhecem muito bem cada um deles. Vamos lá…
01. Ponto
O ponto elemento mais simples da Comunicação Visual, é nele que tudo começa, o pontapé para todos os outros elementos. Muitas imagens podem ser construídas apenas com pontos, se você quiser. Podem ser pontos isolados e espalhados em um espaço que, juntos, formam uma imagem única. Talvez você já tenha visto artes do pontilhismo, por exemplo.
02. Linha
Como você sabe, a linha nasce de uma sequência de pontos, como qualquer outra forma. É bastante útil, sobretudo, para contornos, dar direcionamento, separar outros elementos e ainda provocar sensações. Através do uso cuidadoso e criativo da linha, é possível criar composições visualmente dinâmicas e interessantes, bem como explorar a interação entre espaços positivos e negativos. De fato, a linha desempenha um papel fundamental no mundo do design gráfico, arquitetura e outras disciplinas criativas, servindo como um dos blocos de construção essenciais para a criação de obras de arte significativas e impactantes.
03. Formas
As formas são o resultado de um conjunto de linhas que se fecham. Elas são imagens com mais vida, pois têm o poder de representar, facilmente, objetos do nosso dia a dia. Podem ser quadradas, circulares, pontiagudas, arredondadas, misturadas e também podem assumir outras configurações e combinações. Essas variedades de formas nos proporcionam um universo de possibilidades na representação visual, permitindo-nos expressar diferentes conceitos e emoções de maneira ainda mais ampla e abrangente. Compreender a diversidade de formas nos ajuda a ampliar nosso repertório visual e aprimorar nossa capacidade de comunicação através da linguagem do design.
04. Cores
Não há melhor definição que essa: “a cor é mais do que um fenômeno ótico, mais do que um instrumento técnico”. Além disso, vale destacar também que “conhecemos muito mais sentimentos do que cores. Dessa forma, cada cor pode produzir muitos efeitos, frequentemente contraditórios, Cada cor atua de modo diferente, dependendo da ocasião”.
Cores harmoniosas e contrastantes podem ajudar a destacar informações importantes e criar uma sensação de equilíbrio visual. Por outro lado, o uso inadequado das cores pode gerar confusão e prejudicar a compreensão da mensagem. Tem mais detalhes, se quiser, no livro A psicologia das Cores.
05. Texturas
Texturas são muito legais para simular materiais em diversas criações, sejam impressas ou digitais. Porque são muito utilizadas no fundo das peças, para criar ambientes, preencher espaços ou para simplesmente deixar tudo mais agradável aos olhos. As possibilidades são infinitas, simulando papel, pedras, natureza e outras. Além disso, elas adicionam profundidade e realismo aos projetos, tornando-os mais envolventes e atraentes para o público.
Com uma ampla variedade de texturas disponíveis, é possível criar efeitos incríveis, desde a suavidade do veludo até a aspereza do concreto. A textura pode ser aplicada de forma sutil para adicionar sutileza ou de forma mais intensa para criar um impacto visual.
Independentemente do estilo ou do tema do projeto, as texturas são uma ferramenta versátil e poderosa que ajuda a transmitir a mensagem desejada e a criar uma experiência memorável. Portanto, ao utilizar texturas em suas criações, você está adicionando um elemento extra de interesse e beleza, elevando o resultado final para outro nível.
💡 Aprenda mais sobre cores como comunicação:
Elementos avançados e indispensáveis
Mas você deve saber que a comunicação visual não é feita apenas com pontos, linhas, formas, cores e texturas, certo? A comunicação por imagem é bastante complexa e demanda ainda muitos outros elementos, como você pode ver a seguir.
06. Espaço
É isso mesmo, você precisa dar atenção em como utilizar ou aplicar espaços. Não é indicado, por exemplo, grudar todos os elementos. Espaços vazios também comunicam, embelezam e ajudam a interpretar as mensagens escondidas nos elementos básicos da Comunicação Visual. Portanto, vale destacar também, que o espaço é um grande aliado para criar ordem na sua mensagem visual.
Dar um espaço adequado entre os elementos visuais ajuda a evitar a sensação de lotação e deixa o entendimento muito mais fácil. O espaçamento também pode ser usado para agrupar elementos relacionados, facilitando a compreensão das informações que você quer transmitir.
07. Ordem
A ideia é essa mesmo: organizar os elementos visuais. Afinal, você não pode deixar tudo bagunçado. Caso contrário, ninguém conseguirá entender nada!
Lembre-se que a organização dos elementos visuais desempenha um papel crucial na transmissão eficaz da mensagem. Ao estabelecer uma hierarquia clara (próximo elemento que vou explicar), utilizar cores de forma adequada, considerar o espaçamento e garantir a legibilidade do texto, você cria uma composição visual que permite que as pessoas compreendam facilmente a informação apresentada.
08. Hierarquia
Depois de organizar os elementos, também é possível criar hierarquia do que aparece dentro de uma mesma imagem. Dessa maneira, alguns elementos terão mais destaque que outros.
O que facilita, também, o direcionamento natural do olhar do receptor da mensagem. Isso pode ser feito através do uso de tamanhos, cores e posicionamento dos elementos na composição.
09. Tipografia
Esse elemento é bastante usado quando é necessário incluir textos nas imagens. Em suma, é o estilo aplicado nas letras, seja em peças impressas ou digitais. Algumas letras são mais quadradas, outras são mais arredondadas, algumas são mais finas, outras mais cheias etc.
É importante também dar atenção à tipografia como elemento de comunicação visual porque utilizar fontes adequadas, com tamanho e espaçamento adequados, garantirá que as palavras sejam facilmente lidas e compreendidas pelo público.
10. Peso
Esse peso não tem nada a ver com ser pesado, hein! Eu costumo exemplificar com as fontes utilizadas no computador, por exemplo. Já percebeu que algumas são mais “gordinhas” que as outras? Então, esse é o peso. Que, inclusive, é mais usado em fontes mesmo. Isso porque ajuda a destacar palavras dentro de um texto (como o negrito, por exemplo) ou simplesmente fazer combinações harmônicas e bonitas.
Como usar os elementos básicos da Comunicação Visual?
Agora que você já conhece os elementos, é preciso conhecer algumas maneiras de utilizá-los, para ter sucesso na construção das suas mensagens. Nesse caso, vou citar aqui algumas técnicas que nada mais são que o resultado da combinação dos elementos para criar sua composição visual. Essa junção é o que nos permite perceber as diferenças e interpretar a linguagem aplicada na sua comunicação visual. Anote aí!
- Volume e Perspectiva: nesse caso há uma combinação de, no mínimo, dois elementos com uma simulação de dois planos. Isso dá a sensação de perspectiva ou volume, quando, automaticamente, nossos olhos comparam os objetos da imagem.
- Escala e Proporção: aqui também depende da combinação de dois ou mais objetos, que ficam com tamanhos diferentes dependendo da forma utilizada. O resultado, nesse sentido, também é possível pela comparação.
- Movimento e Ritmo: essa é bem interessante de usar, e a simples repetição de elementos conseguem criar a sensação de ritmo e movimento nas imagens. Além disso, essa técnica também pode ser usada para direcionar nossos olhos, criando uma sequência visual dentro da mesma imagem.
- Contraste: essa é a técnica mais utilizada em peças de comunicação visual, é a base de toda composição. A função principal é diferenciar os objetos e facilitar a visualização. Contrastes mal executados podem arruinar a mensagem inteira. Em resumo, existem quatro possibilidades de contraste, que provocam: equilíbrio ou tensão, nivelamento ou aguçamento, atração ou agrupamento e positivo ou negativo (o mais utilizado!).
- Iluminação: ah sim, isso é muito importante, apesar de não estar presente em todas as peças de comunicação visual. Mas, em fotografia, vídeo e arquitetura, por exemplo, a iluminação faz toda a diferença. Isso porque tem o poder de deixar tudo mais bonito, ou um desastre completo! Então, reserve um tempo para estudar iluminação também, caso seja necessário na sua área.
💡 Livro recomendado sobre design:
Use bem os elementos da comunicação visual
Espero que todas as explicações e resumos que dei aqui tenham sido úteis. De qualquer maneira, procure mais informações e entenda mais sobre linguagem visual, caso o assunto seja do seu interesse, para sempre melhorar suas habilidades.
Os elementos básicos da Comunicação Visual têm inúmeras maneiras de construir mensagens e, por isso, só é possível aprender mais colocando em prática mesmo.
Agora, se você deseja reforçar um pouco mais tudo isso, assista também ao vídeo que gravei sobre este assunto, lá no meu canal no YouTube, logo abaixo. E se, ainda assim, ficar com alguma dúvida, fique à vontade para me chamar no espaço de comentários, ou lá no Instagram!