Conteúdo atualizado há 3 anos
Aposto que você, pessoa bem informada sobre tudo o que rola no meio digital, já está sabendo da nova mídia social Clubhouse, certo? E que, como toda novidade, ela está causando alvoroço, principalmente depois que pessoas renomadas apareceram por lá. Elon Musk e Mark Zuckerberg, fizeram reuniões específicas, e até o Boninho interagiu com o público do BBB.
Não dá pra não ficar curioso e querer testar isso tudo. Mas, se você, assim como eu, não participa do universo da maçã, vai ter que esperar um pouco. Isso porque, a Clubhouse é uma rede social para o “clubinho do iPhone” (a Apple tem pouco mais de 13% do mercado de smartphones no Brasil), ou seja, o aplicativo é exclusivo para IOS. Pelo menos por enquanto.
Lembrando que já vimos isso acontecer com o Instagram e hoje todos têm acesso. Duvido muito que seja diferente com essa nova rede social, então aguardaremos. Além disso, a maior parte desse alvoroço acontece porque o acesso também é exclusivo para convidados.
Talvez para a empresa ter controle sobre o volume de novas contas, ou por ser uma fase de testes, ou porque eles não imaginavam que cairia no gosto das pessoas. E, lembrando também, isso aconteceu com o saudoso Orkut, que depois liberou o acesso a todos. Então, novamente, aguardaremos.
Como funciona a nova mídia social Clubhouse
O mais interessante de tudo é que a Clubhouse é um tanto diferente dos meios de comunicação digital que estamos acostumados. A nova mídia social é baseada em conversas e possibilita a criação e participação de salas de bate-papo por áudio. Não tem likes, não tem textão, não tem imagens e muito menos vídeos, apenas vozes.
E, aparentemente, as salas até que são organizadas, separadas por assuntos e idiomas, além de você precisar aguardar sua vez de falar, ou então “levantar a mão” para participar. Você também pode optar por ser apenas ouvinte ou moderador. E é isso que mais me chamou a atenção, pois já consigo imaginar grandes palestras e aulas acontecendo por lá. Sem contar em tantas outras possibilidades para produtores de conteúdo em geral e empresas.
Curiosidade extra: a Clubhouse foi fundada há menos de um ano, em abril de 2020, por dois ex-diretores do Google, Paul Davison e Rohan Seth, e já está avaliada em mais de 1 bilhão de dólares!
Mas, essa nova rede social é boa para comunicadores? Eu acho que pode ser ótima para qualquer profissional, de qualquer área! Entenda…
Oportunidades para comunicadores e marketeiros
Ainda é meio cedo para falar sobre o uso do canal para negócios? Não sei. Fato é que representa uma forte possibilidade nesse sentido. Arrisco dizer que será mais fácil gerar negócios na nova mídia social Clubhouse do que no TikTok, por exemplo. A mídia de vídeos curtos está ganhando cada vez mais espaço (com mais 750 milhões de downloads, apenas no Brasil, em um ano), mas as empresas enfrentam dificuldades para participar de maneira que gere resultados reais.
Em contraste com o TikTok, empreendedores que entraram na rede já estão descobrindo um novo espaço para fazer networking e compartilhar conhecimento, como conta essa matéria publicada na Infomoney. E isso não será diferente para comunicadores e marketeiros, que podem acessar inicialmente com o mesmo objetivo. Para conhecer como o canal funciona e compartilhar ideias, informações e experiências de suas áreas de atuação.
Aí, conforme a mídia crescer, as possibilidades serão infinitas. Lembra do impacto que o rádio teve na vida das pessoas? Agora imagine um tipo de rádio diferente, que permite interação direta dos ouvintes.
Acredito que teremos grandes oportunidades para promoção de conteúdo de qualidade, debates, aulas, praticar idiomas, promover lançamentos de produtos e grandes eventos. Pode até transformar a comunicação empresarial e as estratégias de endomarketing, já que é possível criar um canal interno para reuniões, desenvolvimento de produtos etc. Concorda?
Cuidado com a empolgação!
Esse é um alerta necessário de reforçar sempre que surge um novo canal. Especialmente os que têm acesso aos seus dados. Seja como for, no Brasil a preocupação com segurança da informação ainda é muito baixa, por isso fique atento!
Nesse sentido, não esqueça que quando a plataforma é gratuita, o produto é você. Se duvida disso, assista ao documentário O Dilema das Redes.
Também não caia no medo de ficar de fora das novidades (o efeito FOMO), tentando entrar na mídia a qualquer custo, e cuidado com sua participação nas salas. Ao mesmo tempo que ainda é difícil saber como os dados são armazenados e utilizados. E, nesse momento, como os convites são muito limitados, você será responsável por quem você convidar. Não esqueça disso!
Por fim, até o momento, você não pode compartilhar e nem gravar o que acontece lá. O que é bom para garantir certa privacidade, mas que pode dificultar investigações e punições para casos de violência, assédio, racismo etc. Não preciso lembrar que onde há seres humanos sempre haverá coisas boas e ruins juntas, não é mesmo?
Concluindo…
Em resumo, eu só queria registrar minhas ideias sobre a nova mídia social Clubhouse e contar que, assim como você, ficarei de olho. Você precisa acompanhar as novidades e entender como tudo funciona, se trabalha com comunicação, especialmente em ambientes digitais.
Isso porque nosso ambiente de trabalho vive em constantemente transformação. Portanto, é necessário atualizar e transformar nossas estratégias também, sempre que for necessário.
Prometo contar mais quando eu conseguir testar o canal. Enquanto isso, me conta você, caso já tenha acesso, o que está achando de tudo?
MAIS INFORMAÇÕES
- Guia de novo usuário, por Clubhouse
- Clubhouse: descubra por que empreendedores estão usando a rede social, por Infomoney
- Here’s what you need to know about Clubhouse, por Mashable
- Elon Musk on Clubhouse: How to Catch the CEO on Audio-Only App!, por Tech Times