Conteúdo atualizado há 2 anos
Eu aposto que você deseja respostas rápidas em suas buscas na internet, não é? Então, por que não ter isso em mente quando construir a estratégia de comunicação e marketing de qualquer marca? Afinal, atualmente, mais de 50% das pesquisas no Google levam usuários a lugar nenhum, de acordo com recente estudo da Semrush.
Em outras palavras, metade das pesquisas não geram cliques nos links das páginas de resultados, as chamadas SERPs. E esse número tende a aumentar com o tempo, desafiando estrategistas de conteúdo, jornalistas que escrevem para internet e redatores SEO a se adaptarem cada vez mais, para não perder visitantes em sites e blogs.
Esse comportamento dos usuários é definido como “fenômeno do zero-cliques”. A pergunta que fica é: será que o Google não está se beneficiando sozinho do conteúdo disponível na web? Outra questão: conteudistas e empresas estão sendo prejudicadas?
Vou deixar os dados principais do estudo Zero-Clicks, realizado pela Semrush com 20 mil usuários em dispositivos mobile e desktop, para que você tire suas próprias conclusões. Mas, para que também se mantenha informada(o) sobre esse novo cenário.
Mais de 50% das pesquisas no Google leva usuários a lugar nenhum
Tanto em buscas feitas pelo computador, quanto nas feitas pelo celular, mais da metade não gera acessos aos sites sugeridos nas páginas de resultados.
Nesse sentido, 25% das buscas em desktop e 17,3% das feitas em mobile, são do tipo zero-cliques. O restante fica no refinamento da pesquisa, por meio de uma nova busca com outras palavras, e dentro do próprio Google (imagens, Google News, featured snippets, vídeos etc).
Sendo assim, como demonstrado nos gráficos abaixo, 53,2% das buscas em computadores e 56,9% das buscas em smartphones não geram cliques em nenhum dos sites listados pelo Google.
Mas, por que será que isso acontece? Porque o buscador do Google evolui constantemente para se adequar ao comportamento do usuário. Para isso, disponibiliza vários recursos nas páginas de resultados.
Logo no início desse texto, eu perguntei se você gosta de encontrar soluções com agilidade na internet. Qual foi a sua resposta? Isso é o novo padrão: velocidade.
Assim, uma das maneiras de entregar respostas com rapidez é justamente apresentar resumos que, muitas vezes, são suficientes para resolver os problemas dos usuários.
Mas, não podemos esquecer que grande parcela das pesquisas são de dúvidas rápidas, como, por exemplo, a previsão do tempo, os números sorteados na loteria, como se escreve determinada palavra do jeito certo ou apenas a letra de uma música.
A questão é que o conteúdo e as demandas dos usuários por conteúdo mudam. Embora usuários, de anos atrás, ficassem felizes em clicar em um site meteorológico para ver a previsão, podemos ver neste estudo que os usuários de hoje preferem obter essas informações de maneira mais direta, como por meio de uma caixa de respostas na SERP.
Marcus Tober, Semrush
Novo comportamento nas buscas do Google. O que fazer?
Esses dados podem assustar, já que menos pessoas precisam de direcionamento externo ao Google (ou seja, o seu site) para encontrar informações. Mas não é bem assim.
Se você pensar apenas em números, é fácil cair no desespero; achar que os sites vão morrer, que não vale a pena ter blog, que o jornalismo online vai desaparecer e tudo mais. Por outro lado, se você entender que seu conteúdo está recebendo tráfego mais qualificado e um público realmente interessado em ler o que tem a dizer, seu ponto de vista muda e suas estratégias de conteúdo terão melhores resultados.
Fato é que visitas conquistadas em tráfego orgânico supera (e muito) o número conquistado em tráfego pago (anúncios). Ou seja, investir em otimização para mecanismos de busca é a melhor opção, indiscutivelmente. Lembrando que, de acordo com dados levantados pela OptinMonster, de todas as visitas que os websites recebem, em média, 29% vêm dos motores de busca!
Portanto, veja esses dados como fontes de inspiração para encontrar oportunidades de melhoria. Afinal, “se tantos usuários pesquisam no Google e não clicam nos links, é uma chance de analisarmos quais buscas podem estar relacionadas ao nosso negócio e entregar conteúdo relevante para atender essa intenção”, aconselha Erich Casagrande, líder de marketing da SEMrush no Brasil. E quanto mais rápido você o fizer, mais à frente da concorrência ficará!
E você deve, sim, focar suas ações em pesquisas no Google. Isso porque, apesar de existirem outros sites de busca, mais de 80% das pesquisas são realizadas nele, como você pode ver no gráfico abaixo, da Statista.
Fonte: Statista
Passou da hora de você se adaptar
Apesar de esse estudo da Semrush ser recente, não é a primeira vez que este cenário foi identificado. As buscas sem cliques foram identificadas pela primeira vez em pesquisa realizada pela SparkToro em 2019. E o número é muito parecido: 50,33% de zero-cliques.
Ou seja, houve um crescimento de, mais ou menos, 5% nos últimos anos. O que nos leva a prever um aumento ainda mais com o passar do tempo. Mas tudo depende também de como os motores de busca evoluem e, principalmente, como as pessoas utilizam essas ferramentas.
E essas mudanças são mais críticas na otimização de conteúdo para produtos de e-commerce, reservas em hoteis e passagens aéreas, vagas de emprego e outras temáticas comumente apresentadas na página de resultados, sem precisar acessar em nenhum site externo ao Google.
Em resumo, acompanhe as mudanças e veja quais oportunidades podem ser aproveitadas para aumentar o número de acessos ao seu site ou blog. E quando tiver uma boa ideia, não se prenda a ela. Quem trabalha escrevendo para a internet tem a obrigação de evoluir junto com as ferramentas disponíveis e o comportamento dos usuários.
Para te ajudar nessa missão, produzi o livro digital SEO para Jornalistas, redatores e escritores que produzem conteúdo na internet. É bastante didático e de fácil leitura, para você aprender SEO de maneira descomplicada e aumentar o tráfego orgânico do seu blog ou site. Espero que goste!
Era só dizer que você iria dar exemplo empírico, porque obviamente recebeu do próprio para desinformar. E é muito desumano para quem gastou seu tempo pesquisando. As coisa são e sempre serão.
Olá, Donaldo! Espero que esteja tudo bem com você.
Entendo que provavelmente você esteja buscando algum tipo de dado científico. Mas como seria possível obter tal informação, se nem mesmo a própria Google oferece? Sendo assim, o que resta é obter dados de empresas que realizam testes e pesquisas com base em experiências dos usuários.
Se você conhecer alguma ferramenta ou metodologia para analisar as SERPs neste nível de detalhamento, peço que compartilhe aqui para que mais leitores tenham acesso.
Aproveito também para questionar: o que você tentou dizer com sua constatação empírica de que eu “recebi do próprio para desinformar”? Caso esteja considerando que este seja um post patrocinado, deixo claro que está enganado. Afinal, não “recebo” nenhuma gratificação de nenhuma empresa para publicar qualquer conteúdo aqui. E, se o fizer, tenha certeza de que meus princípios éticos me obrigarão a evidenciar o fato de que o texto foi sustentado por alguma organização. É assim que as coisas são e sempre serão por aqui!
Por fim, é uma pena que este texto não tenha sido útil para o seu objetivo (que desconheço). Mas quem sabe você encontre respostas para as suas perguntas nas várias fontes de referências que citei ao longo do conteúdo (você chegou a acessar?), ou no tempo que você investe em pesquisas na internet.
Boa sorte e paz!